O trabalho do arquiteto e urbanista é tradicionalmente associado a obras suntuosas e espetaculares, destinadas apenas às demandas da camada mais rica da população e dos governantes gastadores. Muitos arquitetos também acreditam nisso e muitas escolas de arquitetura só preparam esse tipo de profissional que talvez seja útil para um mercado restrito a menos de 4% da população de Curitiba, por exemplo.
No entanto, a julgar pelo movimento das centenas de lojas de materiais de construção que proliferam pelos bairros, existe sempre um número expressivo de famílias construindo ou reformando suas moradias, sem o apoio técnico capaz de garantir um mínimo de funcionalidade, segurança e s alubridade à obra em que investirão suas economias...
Essas famílias acabam recorrendo a pedreiros, mestres de obra, construtores, etc., que mesmo quando são habilidosos e competentes, nem sempre conseguem transformar o investimento em materiais e mão de obra em ambientes funcionais, acolhedores, eficientes e belos.